terça-feira, 29 de novembro de 2011

MATADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro




"Sportanos"


Eles não são chatos, são vizinhos de porta do insuportável.
Não são ambiciosos, mas, sim, megalomaníacos.
Tachá-los de autossuficientes é exagerar no eufemismo.
Os caras de tão metidos à ‘besta’ escolheram o rei da selva como mascote.
Até trilha os danados têm. Uma cantoria curta, porém repetida incessantemente e sempre a plenos pulmões e com uma versão ‘instrumental’ à base do buzinaço, que ao longo do tempo se transformou numa especie de idioma próprio, uma forma de comunicação entre seus semelhantes e provocação aos demais habitantes deste planeta.
A mínima oportunidade, lá estão eles enfiando a mão na união entre a trompeta e o balão de borracha ou esgoelando-se.
Se acham ímpares, diferenciados… e realmente são!
Agem assim, conduzidos por um sentimento indecifrável, um superlativo do amor.
Um exercito não de 300, mas sim de 3,5 milhões de servos às cores de sua bandeira, de listras pretas e vermelhas com o danado do leão presente. Um bicho vistoso, que nunca viu uma lona de circo, mas que arrasta uma multidão onde esteja pisando – mesmo num ano onde esteve mais para morcego.
Uma temporada em que a frustração se tornou íntima, onde a alegria rareou.
E Eles lá presentes, rompendo divisas, desbravando os seus próprios limites.
Sempre ‘pluralizados’ quando em sua casa; sempre de forma enxerida e barulhenta na dos outros, em apoio àqueles que trajavam seu Santo Graal, desdenhado em boa parte desta época por quem deveria fazer o contrário.
2011 se desenhava com os traços do fracasso absoluto, mas terminou vitorioso, sem heróis em campo, mas com milhares à beira dele.
Num dia, foram quase cinco mil em Goiânia, tornando-se cartões-postais da cidade; no outro, mais de 200 mil numa carreata.
O Sport não subiu pela camisa, mas sim por sua torcida que a vestiu.
Chatos, barulhentos, megalomaníacos, autossuficientes e com expertise em comprometimento.
Houve uma troca nos lugares na carreata.
Era para a torcida estar em cima do caminhão dos bombeiros e os jogadores embaixo a aplaudindo.
A alma está lavada pela chuva, que asseou um ano dificil e purificou o acesso.
Aos demais, preparem os ouvidos.

Por Tiago Medeiros.


É, pra quem não acreditou só lamento porque chegamos; e chegamos com tudo!
Só digo uma coisa... NUNCA DUVIDE DO SPORT!!




Feliz aniversário Pôia kkkk



Hoje é o dia do seu aniversário. Não importa se faz sol, se faz frio lá fora ou se as flores esqueceram de nascer. Se o mundo se convulsiona em crises ou se muitos gozam o luxo enquanto outros vivem a miséria. O mais importante para mim agora é falar de amor, de carinho, de um tempo de festa, onde não existe mágoa e nem tristezas em nossos corações. Falar do amor que sentimos por você. Deus, como sempre, é maravilhoso, ele nos dá amor refletido em várias formas de expressão, e é este o amor fraternal que nos conduz, que aquece nossas vidas e nos faz dar os parabéns a uma irmã como você. Desejo a você muitas felicidades e muitos anos de vida, que você ainda possa conseguir realizar todos os teus sonhos e projetos... todos os dias nas minhas orações peço a Deus para que ilumine seu caminho, te dê muita paz, alegria e muita saúde para que você possa estar sempre perto daqueles que te amam muito. Feliz aniversário minha irmã.